Não queria colocar coisas trágicas no blog, mas essa não pude deixar passar em branco... Hj li uma reportagem no Globo.com, falando sobre o julgamento do Lindemberg, o rapaz que matou a menina Eloá na região do ABC. A sentença do juiz foi de que o rapaz irá à juri popular (vide video abaixo). O que eu acho totalmente contestável.
Primeiro: Não sei direito como funciona esse negócio de júri popular, mas se for ao pé da letra acho que a população deveria ter poder ou autonomia de julgar um criminoso. Grande parte da população não sabe nem em quem votar nas eleições, ou num plebiscito contra ou não o desarmamento. Julgar uma pessoa, mesmo no Lindemberg onde a situação é totalmente evidente, não é algo tão simples assim. Afinal, mesmo com o tamanho do delito cometido por esse rapaz, "que atire a primeira pedra quem nunca cometeu um pecado".
Segundo: Acho um menosprezo à profissão do advogado. Um cara estuda uns 8 anos da vida dele pra saber julgar uma pessoa e o mínimo que se espere é que ele saiba julgar essa pessoa. De repente ele passa a bola-da-vez para uma parcela X que representa a população pra julgar o cara?! Onde facilmente pode-se ter sujeitos corruptos e despreparados?
Se eu fosse advogado, de duas uma: ou acharia perfeitamente normal esse tipo de julgamento e continuaria minha carreira numa boa, ou me revoltaria pelo menosprezo que é essa patifaria toda. Como nunca vi um advogado reclamando disso, acho q a primeira opção seria mais válida. Mas como publicitário que sou, até que me provem o contrário, sou contra essa maneira de julgamento
P.S.: Não se acostumem com esse tanto de posts por semana. Tô de férias e enquanto posso, posto!! =]
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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Concordo com você, a populaçaõ não esta preparada para julgar ninguem... alem do préconceito já estabelicido e pelo drama feito pela televisão na época, acredito que uma pessoa por mais que tenha estudado já não pode se responsabilizar por julgar ninguem, a população ignorante no assunto é pior ainda.
ResponderExcluirAlem de população ser muito influenciada pela mídia, como os programas de telejornalismo dramáticos.
Não estamos preparados pra julgar ninguém.